Em 2020 a Delegacia da Mulher em Ituporanga instaurou 66 procedimentos por conta de crimes de violência física, sexual e moral cometidos contra mulheres residentes na Capital da Cebola. Com a finalidade de reduzir esse número, a Administração de Ituporanga por meio da Secretaria de Assistência Social tem realizado ações relacionadas ao movimento Agosto Lilas, que trata sobre a conscientização pelo fim da violência contra a mulher.
De acordo com Secretária de Assistência Social de Ituporanga, a campanha está sendo realizada durante todo o mês de agosto por meio de encontros realizados com as mulheres no Centro de Referencia da Assistência Social (CRAS) e a distribuição de material informativo e educativo sobre os tipos de violência, às mulheres do município, pelos Agentes de Saúde. “Nosso objetivo é levar orientação as mulheres, principalmente àquelas que não têm tanto acesso as informações e estão sofrendo algum tipo de violência, para que elas tenham amparo para fazer a denuncia”, explica.
Segundo a Secretária na maioria dos casos a violência acaba sendo omitida por medo, insegurança e até por culpa. “Por isso esse empoderamento das mulheres que são vítimas de algum tipo de violência, seja física ou emocional, por meio desse movimento do Agosto Lilas, é fundamental para romper com esse ciclo da violência!”.
Recentemente o Governo Federal sancionou uma lei que inclui no Código Penal a violência psicológica contra a mulher. Na redação a lei diz que consiste crime causar dano emocional a mulher degradando e controlando suas ações.
A Secretária lembra ainda que também foi assegurado um projeto intitulado como Sinal Vermelho. Essa iniciativa estabelece um protocolo para que a mulher que está sofrendo algum tipo de violência possa realizar a denuncia. “Por exemplo, uma mulher que vai a farmácia, ou qualquer outro estabelecimento, ela pode realizar um sinal em X, na palma da mão em vermelho, e isso vai expressar que ela está sofrendo algum tipo de violência e qualquer pessoa que visualizar esse sinal pode acionar a qualquer momento a polícia”, explicou.