Um caso de raiva bovina foi identificado recentemente em Lontras, no Alto Vale, e com isso a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Ituporanga vem reforçando a orientação dos agricultores do município sobre doença e principalmente a importância da vacinação dos rebanhos.
O médico veterinário, Fernando Vandresen Philippi, explica que a raiva é um a doença infecciosa causada por um vírus. Ela é transmitida por morcegos de espécies hematófagas (que se alimentam de sangue) e é fatal aos bovinos. “Esse vírus se aloja no sistema nervoso central do animal e causa lesão. O produtor deve ficar atento a sintomas como perda de apetite, inquietação, andar cambaleante, salivação intensa e prostração”, alerta.
Segundo ele a vacinação dos rebanhos é a melhor saída, pois a raiva bovina não tem tratamento e também pode ser transmitida a humanos. Por isso, casos suspeitos devem ser notificados à Cidasc e os animais não devem ser manejados sem equipamento de proteção. “A vacinação é a forma mais eficaz de evitar a raiva. O animal precisa da primeira dose, feita com mais de 90 dias após o nascimento, e da segunda que é feita após 60 dias da primeira. Em zonas endêmicas como é o caso da nossa a vacinação deve ser repetida em seis meses”, esclarece.
Outra orientação importante é em relação à conservação da vacina, pois ela precisa de refrigeração. Tanto na hora de guardar quanto de transportar o produto para a propriedade, ela precisa ser mantida entre 2°C e 8°C. A vacina perde eficácia se guardada depois que o frasco é aberto, por isso o que restar no vidro aberto não pode ser guardado para o momento da aplicação do reforço.