Em busca da diversificação das culturas, também em Ituporanga agricultores tem apostado no cultivo de maracujá e neste mês de julho a Secretaria de Agricultura do Município chama a atenção para a necessidade de respeitar o vazio sanitário. Até o dia 31 de julho não é permitida nenhuma planta de maracujazeiro-azedo.
De acordo com a Secretária de Agricultura de Ituporanga Sandra Loffi Petry, a recomendação técnica do vazio sanitário foi estabelecida pela Portaria 41/2021 da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural e tem como objetivo combater a virose do endurecimento dos frutos. “Nesse período do vazio sanitário a orientação é que os pomares comerciais sejam derrubados. Importante lembrar que a Cidasc faz fiscalizações e quem não cumpre o vazio sanitário está sujeito a penalizações, como multas e até mesmo a extinção do pomar”, explicou a secretária.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Agricultura, em Ituporanga pelo menos três agricultores já produzem o maracujá de forma comercial e a expectativa é de crescimento para os próximos anos. Na safra passada foram dois hectares e uma colheita de 25 toneladas por hectare.
A secretária lembra que a partir do dia 1º de agosto os pomares podem voltar a ser cultivados e aqui em Ituporanga um produtor que produz mudas protegidas que poderá auxiliar no cultivo. “Os produtores que estão fazendo o vazio sanitário já poderão ter o auxílio dessas mudas. Esse produtor é da comunidade de Três Barras e ele está tendo o acompanhamento dos técnicos da Epagri e da Secretaria de Agricultura, justamente para dar esse suporte”, comentou.
No estado são aproximadamente 2 mil hectares com pomares da fruta, a maioria concentrada no Sul. A estimativa para a safra 2020/21 e de uma produção de cerca de 60 mil toneladas.
SOBRE A VIROSE
A virose do endurecimento dos frutos foi detectada em 2016 no Sul do Estado, região com a maior área plantada em Santa Catarina. Ela é disseminada pelo pulgão que faz com que o pomar produza frutas duras, deformadas e com menos polpa. Uma ação rápida da Epagri, em conjunto com os outros atores dessa cadeia produtiva, resultou no convívio com a doença, sem perda de qualidade das frutas. Para tanto, é preciso que sejam observadas recomendações técnicas que visem preservar todos os pomares da região. Uma dessas recomendações é justamente o vazio sanitário.