Aos poucos, Ituporanga ganha novas culturas. Na cidade o ano de 2022 também ficará marcado pela primeira safra de sorgo próprio para alimentação animal. O cereal foi a aposta de uma família do Chapadão Santana que optou pelo plantio como uma alternativa após safras de fumo e cebola e uma boa oportunidade para produção de ração.

Luís Gustavo Dias Scheidt conta que a ideia de utilizar o sorgo partiu do sogro dele Salvio Roberto Clasen que possui uma granja de suínos. A intenção era ter na propriedade uma cultura diferente do milho e soja. “Assim como o trigo o sorgo é uma opção muito boa para alimentação animal e foi então que meu sogro começou a e estudar a viabilidade”, recorda Gustavo.

A família então procurou uma agropecuária da cidade e demonstrou interesse no produto e o estabelecimento intermediou o contato com uma empresa para fornecimento de sementes de qualidade e tecnologia suficientes para proporcionar um bom rendimento ao agricultor e também suprir as necessidades nutricionais dos suínos.

A nova experiência para alimentação animal foi trazida então para o Alto Vale e os agricultores receberam explicações de todo o processo do cultivo do sorgo e puderam esclarecer as dúvidas desde o plantio até a colheita. No primeiro ano a família enfrentou algumas dificuldades em decorrência da estiagem, mas a cultura se mostrou muito resistente.

Nas primeiras lavouras colhidas a média varia de 99 até 120 sacas por hectare, o que demonstra a viabilidade da cultura que garante mais um opção de renda ao produtor e também a rotação de cultura após safrinhas como a de feijão ou soja, por exemplo,  que podem deixar pragas no solo.

O técnico agrícola Arnaldo Jeremias destaca que o sorgo para ração é diferente  do que é utilizado para pastagem verde pois  possui uma menor quantidade de tanino, (amargor)  e atende bem a todas as necessidades dos suínos.   “O grau de proteína do sorgo também é maior que o milho com a vantagem de ter um custo de produção muito menor, então vemos a cultura como uma boa oportunidade para produção de ração”, finaliza.

 O município incentiva a diversificação de culturas e o primeiro experimento pode incentivar outros produtores da cidade conforme explica a secretária de Agricultura e Meio Ambiente, Sandra Bezerra Loffi Petri. “Sempre há o pontapé inicial e o sorgo para alimentação animal aqui em Ituporanga está nessa fase, mas em outras regiões ele já é uma realidade e vem trazendo renda para os produtores, mas estamos felizes com os resultados que podem inspirar mais famílias da região”, finaliza.